Uso racional de recursos hídricos no setor
ganha estímulo do governo, através de
chamada pública da Agência Nacional de Águas


Por: Altair Santos

uso racional de água no setor da construção civil levou a Agência Nacional de Águas (ANA) a lançar no final de 2010 uma chamada pública para atender ao projeto “Desempenho e Inovação de Sistemas e Componentes para Uso Eficiente de Água em Edifícios”. O objetivo é estimular experiências voltadas à economia de recursos hídricos, que minimizem perdas e maximizem a eficiência. Para os trabalhos que forem selecionados, a ANA irá distribuir R$ 500 mil para as pesquisas.

Segundo Cláudio Ritti Itaborahy, que na ANA exerce o cargo de especialista em recursos hídricos, as propostas apresentadas ainda não podem ser divulgadas, pois estão sob avaliação do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). Serão contempladas entidades privadas sem fins lucrativos. Caso nenhum trabalho seja aprovado, a Agência Nacional de Águas irá relançar o edital para uma nova seleção de projetos.

A proposta da ANA se divide em dois subprojetos: 1) Levantamento de perfil de utilização de água em pontos de consumo em edifícios residenciais (padrões: interesse social, médio-baixo e médio) e edifício de escritórios; e 2) Avaliação de desempenho de sistemas de água não potável em edifícios. “Eles referem-se ao consumo de água e desempenho de sistemas hidráulicos em edificações já concluídas”, explica Cláudio Ritti Itaborahy.

A iniciativa da Agência Nacional de Águas de estimular projetos construtivos que reduzam o consumo de água se deu pelo incentivo do próprio setor da construção civil. Segundo Itaborahy, um dos impulsos foi a iniciativa do SindusCon-SP, em parceria com a ANA e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), de publicar o manual de “Conservação e Reuso da Água em Edificações”. “Além disso, é notável a atuação do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) na implantação de conceitos e práticas sustentáveis na cadeia produtiva da indústria da construção civil”, reforça.

Some-se a essas ações, o surgimento de certificações como a LEED e AQUA, que exigem baixo consumo de água para que reconheçam uma edificação com o selo de prédio verde, e que conduziram a ANA a se voltar para o estímulo de obras preocupadas com projetos hídricos econômicos. “A certificação de boas práticas hoje é uma exigência de vários mercados que demandam produtos que utilizam recursos naturais, dentre eles a água. E aconstrução civil não é exceção”, comenta o especialista em recursos hídricos da agência.

Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), com base em pesquisa da Sociedade Americana dos Engenheiros Civis (ASCE), o setor urbano é responsável por 26% do consumo de toda água potável do país. Já a construção civil responde por 16%. O uso deste recurso não se restringe ao período de construção do empreendimento, mas se estende à edificação já concluída e habitada. Neste caso, um edifício residencial convencional tem nos sanitários os grandes consumidores – responsáveis por aproximadamente 70% de toda a água utilizada em um condomínio.

Entrevistado
Cláudio Ritti Itaborahy, especialista em recursos hídricos da ANA
Currículo

– Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa
– Na ANA (Agência Nacional de Águas) exerce o cargo de especialista em recursos hídricos, com lotação na Gerência de Uso Sustentável de Água e Solo (GEUSA)
Contato: [email protected][email protected][email protected] (assessoria de imprensa)

 

 

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