O ESTADO DO MUNDO 2013
O Estado do Mundo deste ano busca expandir e aprofundar a discussão do excessivamente usado e pouco entendido adjetivo sustentável, que nos últimos anos teve seu significado original transformado em algo como “um pouco melhor para o meio ambiente que a alternativa”. Apenas fazer umas coisas um pouco melhor para o meio ambiente não irá parar o processo de desarranjo nos intrincados relacionamentos ecológicos dos quais dependem nossa comida e saúde. Fazer as coisas um pouco melhor não irá estabilizar a atmosfera. Não irá reduzir o declínio dos aquíferos ou a elevação dos oceanos. Nem irá restaurar o gelo do Ártico, uma das características mais visíveis da Terra a partir do espaço, à extensão que tinha na era pré-industrial.
Para alterar estas tendências, são necessárias mudanças muito maiores do que as que temos visto até agora. É essencial que tenhamos consciência, sobriamente e por meios cientificamente mensuráveis, de para onde estamos seguindo. Precisamos desesperadamente – e já estamos ficando sem tempo – aprender a mudar nossa direção rumo à segurança para nós, nossos descendentes e para as outras espécies que são nossas únicas companheiras conhecidas no universo. E, enquanto enfrentamos estas difíceis tarefas, também precisamos preparar a esfera social para um futuro que pode oferecer dificuldades e desafios além dos que quaisquer seres humanos já experimentaram anteriormente. Enquanto parte da biosfera, a esfera social também é moldada por capacidades humanas que possuem poucos limites conhecidos. Podemos ter nisto, pelo menos, alguma esperança.