Num futuro não muito longínquo, aspetos práticos como a gestão dos consumos de água e energia numa habitação, deixarão de ser uma preocupação de quem nela habita.
A previsão é de Frederico Casalegno, fundador e diretor do laboratório de mobilidade do MIT, e foi divulgada numa palestra no âmbito do InfoTrends, uma conferência sobre inovação.
As chamadas “casas inteligentes” são há muito discutidas entre especialistas e a necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos do planeta tem vindo a tornar mais urgentes soluções deste tipo. Em construção em Itália, a “casa sustentável” do MIT é, acima de tudo, uma “casa conectada”, em que os diversos componentes comunicam entre si de modo a promover uma gestão o mais eficaz possível: “o uso de sensores e a análise dos hábitos dos moradores permitem aperfeiçoar o consumo de energia, de água, reduzir a produção de lixo e resíduos. O protótipo será também o modelo mais sustentável e verde de casa que pudemos pensar”, afirmou Casalegno em entrevista.
A “arquitetura cognitiva robótica” desenvolvida pelo MIT permitirá, por exemplo, fazer com que as luzes se acendam automaticamente quando alguém se desloca através das divisões mas, ao contrário do que se passa atualmente, dará à casa a capacidade de manter as luzes acesas mesmo quando os ocupantes param de se mexer – o que não acontece quando são usados apenas sensores de movimento.
Conjugando um sistema de iluminação orgânico com janelas inteligentes autónomas e a capacidade de gerar energia, para alimentar automóveis e eletrodomésticos, esta poderá seruma das soluções aplicadas à vida real que permitirão colocar a tecnologia ao serviço do planeta – uma necessidade já impossível de ignorar.