Nem só de sol e vento é possível produzir energia – até o que você deixa no banheiro pode manter a luz acesa ou a casa mais quentinha.
Mais de 200 casas da cidade de Didcot, no Reino Unido, mantêm seu sistema de calefação funcionando graças ao que vai para a privada. É isso mesmo: todo o cocô dos moradores é direcionado para uma estação de tratamento onde ele é separado e convertido em gás (sem odor, claro!) para poder alimentar os radiadores de calefação instalados nas residências. Utilizar nossos próprios resíduos como combustível não é algo novo, é verdade – há indícios de mais de um século de que chineses e outros povos usavam o “número 2” para produzir energia.
Mas o projeto de Didcot (que custou 4 milhões de dólares) é uma prova de que é possível construir um sistema integrado de geração de gás e energia em grande escala através do cocô – uma energia limpa, sim, e totalmente renovável, já que a gente não para nunca de fazer as necessidades fi siológicas, né?!
Entenda o processo passo-a-passo:
1. Todo o sistema de esgoto das 200 casas teve de ser adaptado, levando os resíduos para uma estação de tratamento construída especialmente para tratá-lo.
2. Bactérias anaeróbias levam até três semanas para decompor o cocô e transformar os resíduos em gás metano.
3. Do processo de tratamento, além do metano, produzem-se fertilizantes que são usados em lavouras e plantações da cidade.
4. Assim que o gás é produzido, ele é coletado e distribuído para as residências para manter funcionando os radiadores de calefação.
Fonte: Vida Simples