O carro do futuro vai ser movido a lixo? Combustíveis orgânicos causam menos danos à sociedade?

Desde novembro do ano passado, o lixo que moradores e empresas de Oakland e San Francisco, no estado americano da Califórnia, depositam no aterro sanitário de Altamont é GNL – transformado em GNL – Gás Natural Liquefeito. O combustível está sendo usado por caminhões de lixo e de reciclagem em substituição ao diesel.

Com essa iniciativa, a Califórnia, que adotou uma das mais rigorosas metas de redução de gases de efeito estufa, está conseguindo reduzir a produção de dióxido de carbono (que é menor com o uso de gás natural quando comparado ao diesel) e capturar o metano antes que ele seja lançado no meio-ambiente.

Trata-se da maior usina mundial de GNL que usa lixo como matéria-prima, com produção de 50 mil litros diários de gás e capacidade de retirar 30 mil toneladas por ano de CO2 do meio-ambiente.

No processo de produção da usina, o gás metano criado a partir dos detritos em decomposição no aterro é aspirado e segue através de uma tubulação para uma usina que o purifica e o transforma em gás natural.

Este é o segundo aterro da Califórnia que produz GLP a partir do lixo. Outro, de porte menor, está instalado a 65 quilômetros de Los Angeles. A iniciativa pode virar tendência, uma vez que outras usinas já estão sendo projetadas em alguns dos 270 aterros sanitários existentes no país.

Em outro processo, chamado  gaseificação, um forno colocado na mala do carro queima o lixo sólido e extrai dele o máximo possível de vapor. O gás percorre os tubos e quando chega ao carburador tem o mesmo efeito da gasolina ou de qualquer outro combustível.

Agora que eles já resolveram os problemas mecânicos, fizeram os ajustes finos no computador e na parte de trás, a eletrônica do carro, pode ser dada a partida no veículo. Com o maçarico, acende-se o gaseificador e pode colocar o combustível, que na verdade é lixo.

Depois de algumas tentativas, o carro parte. O que sobra depois da queima do combustível é carbono em estado sólido. De acordo com pesquisas científicas, um ótimo fertilizante.

“Esse carvão, chamado de terra preta, é muito rico em nutrientes”, explica Tom Price, um dos coordenadores do projeto. “Continuamos obtendo energia, mas ela é limpa e renovável, ajudando a melhorar as condições climáticas.”

Fonte: Planeta Agro

 

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