POR EDUARDO PEGURIER, Ecocidades

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Uma casa de 315 metros quadrados feita de Cannabis, o cânhamo, acaba de ser concluida em Ashville, no estado americano da Carolina do Norte. Não se trata da Cannabis usada para produzir a maconha, mas a sua variedade industrial, que possui um teor muito pequeno de THC, o princípio psicoativo da droga. Esse tipo de cânhamo é usado há séculos para produzir tecidos, cordas e também como material de construção. Ambos, o papel onde foi escrita a constituição americana e as velas das embarcações que trouxeram Cabral ao Brasil eram feitos com essa matéria-prima.

A mistura das fibras da planta com cal e água resultam no Hemcrete (contração de hemp, cânhamo em inglês, e concrete, o nosso concreto). É difícil encontrar material melhor para a ecoconstrução. Para começar é neutro em gases do efeito estufa, porque, ao se desenvolver, o cânhamo sequestra carbono em uma proporção de 22 toneladas por hectare plantado. Também cresce rápido e é simples de cultivar. O resultado é um material barato e durável — uma ótima herança para filhos, netos, bisnetos, etc. — com vida útil estimada entre 600 e 800 anos. Ao contrário do que se poderia imaginar, não expele qualquer tipo de toxina. Não é piada. Segundo o construtor, nenhuma outro material mantém o ar interno da casa tão puro.

Mas por ser uma variedade de Cannabis, o cânhamo industrial sofre preconceitos. Mesmo sendo inapropriado para a produção da droga, seu cultivo é proibido nos EUA, o mesmo país onde 19 estados já legalizaram a produção de maconha medicinal, aceita como tratamento complementar de doenças em que é preciso aliviar a dor ou aumentar o apetite do paciente. Para construir essa casa, foi preciso importar a matéria-prima da União Europeia. Lá, as plantações são legalizadas, mas só em terrenos de no máximo 1 hectare.

Além da estrutura de cânhamo, a casa de Ashville usa outros materiais sustentáveis. O principal é o PurePanels, usado em paredes e portas e produzido 100% com pasta de papel reciclado. A construtora já tem demanda para construir na mesma região mais dois pequenos conjuntos, com 5 casas cada. E já coleciona encomendas de projetos para o Texas e o Colorado. Quanto as inevitáveis brincadeiras e para refrear o ímpeto de incendiários com segundas intenções, o dono da empresa, David Mosrie, se antecipa:

– Nós falamos para as pessoas que, para ficar ‘high’, elas teriam que fumar o equivalente a suíte principal do imóvel, ou cerca de 1.130 kg de cânhamo. Não vale o esforço”.

Ok, só não precisava chamar a empresa de Push Design. O trocadilho com pusher não vai pegar bem.
A mistura das fibras da planta com cal e água resultam no Hemcrete (contração de hemp, cânhamo em inglês, e concrete, o nosso concreto). É difícil encontrar material melhor para a ecoconstrução. Para começar é neutro em gases do efeito estufa, porque, ao se desenvolver, o cânhamo sequestra carbono em uma proporção de 22 toneladas por hectare plantado. Também cresce rápido e é simples de cultivar. O resultado é um material barato e durável — uma ótima herança para filhos, netos, bisnetos, etc. —  com vida útil estimada entre 600 e 800 anos. Ao contrário do que se poderia imaginar, não expele qualquer tipo de toxina. Não é piada. Segundo o construtor, nenhuma outro material mantém o ar interno da casa tão puro.

Mas por ser uma variedade de Cannabis, o cânhamo industrial sofre preconceitos. Mesmo sendo inapropriado para a produção da droga, seu cultivo é proibido nos EUA, o mesmo país onde 19 estados já legalizaram a produção de maconha medicinal, aceita como tratamento complementar de doenças em que é preciso aliviar a dor ou aumentar o apetite do paciente. Para construir essa casa, foi preciso importar a matéria-prima da União Europeia. Lá, as plantações são legalizadas, mas só em terrenos de no máximo 1 hectare.

Além da estrutura de cânhamo, a casa de Ashville usa outros materiais sustentáveis. O principal é oPurePanels, usado em paredes e portas e produzido 100% com pasta de papel reciclado. A construtora já tem demanda para construir na mesma região mais dois pequenos conjuntos, com 5 casas cada. E já coleciona encomendas de projetos para o Texas e o Colorado. Quanto as inevitáveis brincadeiras e para refrear o ímpeto de incendiários com segundas intenções, o dono da empresa, David Mosrie, se antecipa:

– Nós falamos para as pessoas que, para ficar ‘high’, elas teriam que fumar o equivalente a suíte principal do imóvel, ou cerca de 1.130 kg de cânhamo. Não vale o esforço”.

Ok, só não precisava chamar a empresa de Push Design. O trocadilho com pusher não vai pegar bem.

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